Estamos
passando por uma fase estranha. O país está numa recessão histórica. A economia
em decadência. Famílias economizando o almoço para poder jantar. Desemprego
aumentando. Eis que, como num passe de mágica, ou como num passe de demência,
saem 2 (dois) jatinhos de Brasília, com intervalo de 1 hora cada, levando 2
(dois) políticos para o Rio (um em cada jatinho). Eis que, no meio da desgraça
brasileira, onde o valor do combustível ultrapassa o limite da razoabilidade,
estão liberando 13 milhões para o carnaval do Rio. Será que este aumento do
imposto sobre combustíveis é para pagarmos a farra do carnaval? Eis que no meio
da fome e do desemprego de uma nação falida, o Conselho Superior do Ministério
Público Federal decidiu, no dia 25/7/17, aumentar em 16,7% o salário
dos procuradores da República, sem dotação orçamentária e agora querem 3,6bi para a farra das eleições. Esses caras são mesmo reais?
Tem ainda os auxílios
para os coitadinhos da república: coloquem-se em destaque a concessão de férias
anuais em dois períodos de 30 dias cada, auxílio-educação para filhos de
magistrados até os 24 anos de idade, percepção de gratificações extras por
desempenho funcional, auxílio-locomoção, quando não feita em veículos oficiais
colocados à disposição. Quer mais? Aí vai: auxílio-alimentação,
auxílio-aperfeiçoamento profissional, para compra de livros e custeio de
cursos, estes no Brasil ou mesmo no exterior, sem prejuízo, claro, dos
vencimentos correntes do próprio magistrado e o famigerado auxílio-moradia,
pago aos magistrados, que suga dos cofres públicos quase R$ 1 bilhão por ano. Nossos
parlamentares sambam um carnaval de regalias e nós, trabalhadores, sambamos
para nos sustentar com salários de miséria e impostos astronômicos. Nada disso
é novidade.
Mas
agora nossa classe executiva, toda ela, está num estado de desvairio desembestado.
Demência crônica e coletiva de sobrevivência. Ousadia que supera a maldade. É
de um descaramento e safadeza que está nos deixando sem palavras e sem ações.
Não
me venham com méritos de golpes e contra golpes. Este papo já era faz tempo e
quem ainda crê nesta carochinha, ou é muito ingênuo, ou é pateta mesmo. Não há
partido, não há ideologia. Estamos sendo golpeados pela classe política, esta
unida em prol do enriquecimento doentio, diariamente. Estão tentando nos
desarmar até mesmo da nossa INTELIGÊNCIA. E agora nos entregam tapas na cara,
com atitudes mesquinhas e desequilibradas, que nos mostram a cada segundo
que somos uma nação escalpelada em nome do escárnio que permitimos, sendo
fantoches de uma classe totalmente desmoralizada e incompetente. Mas
permitimos.
Criaram
em mentes manipuláveis uma falsa polarização, ao mesmo tempo que, entre essa
classe que nos oprime e nos assalta, há uma união sórdida em nome da riqueza
explícita e contínua...e riem de nós, idiotas úteis ou inúteis, mas
idiotizados, bestializados, aceitando até mesmo a ALFAFA, oferecida por eles,
demonstrando claramente o desprezo por nós, brasileiros pagadores dos mais
altos impostos, impondo sua altivez, com suas caras esnobes e falantes de tanta
idiotice, cuja população cega, surda e muda aceita e idolatra, nos “impedindo”
até mesmo de imaginar que somos apenas um degrau ao poder, à sua ganância que
se torna cada vez mais voraz.
Chego
a pensar se não há mesmo uma doença crônica, cujos sintomas maiores sejam o
ilícito, a farsa, o engodo. Torna-se desgraçadamente engraçado. A estupidez
levada a sério através de vozes ao vento onde os dizeres são dignos de uma
nação “emburrecida”. Quanta desfaçatez! Mas fomos maldosamente preparados para
essa aceitação bovina. Fazemos piada enquanto lá em cima, numa Nárnia de
dinheiro, as coisas continuam “andando”, aos trancos e barrancos, simulando,
até entre eles mesmos, com ar de preocupação, uma certa normalidade. Mas o
objetivo é único e sórdido: continuar saqueando. Unidos numa só voz. Vestindo o
mesmo terno. Fazendo as mesmas caras. Usando o mesmo povo que os elege. Estamos
vivendo momentos estranhos. A nação está sendo saqueada. Em tempos de sobreviver, estão conseguindo
acabar até com o que ainda nos resta: a ESPERANÇA!
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